Para projetar o Pavilhão Nacional na Praça dos Três Poderes de Brasília é possível imaginar a dimensão do prestígio de Sergio Bernardes ao ser procurado pela Presidência da República (1), em 1972. Tratava-se do mais importante símbolo cívico da nação, a ser implantado na praça representativa dos Três Poderes do Estado, concebida pelos dois expoentes máximos da arquitetura moderna brasileira – Lucio Costa e Oscar Niemeyer. Um convite prestigioso, portanto, mas que renderia muita polêmica no meio arquitetônico desde então. Dentre uma sequência de encomendas para Brasília no período militar (2), mais precisamente durante os anos pujantes (e também mais duros) da ditadura conhecidos como “milagre brasileiro” (1968/73), seria esse projeto o início de uma “maldição” que apagaria o nome Sergio Bernardes da historiografia arquitetônica brasileira?
Conhecida também por Mastro da Bandeira, a estrutura é um corpo estranho que emerge do gramado verde sobre a terra vermelha do planalto central, contrastando sua materialidade ferruginosa e transparente (vazada) com o equilíbrio branco dos planos de mármore e concreto da Praça dos Três Poderes. Como um brinquedo de montar gigante, seu processo construtivo desperta tanta atenção quanto a forma resultante. Numa carta ao crítico de arte Jayme Maurício, Sergio Bernardes explicou a concepção do Monumento ao Pavilhão Nacional dizendo “ter sido este o tema mais difícil de imaginar em seus 35 anos de profissão” (3). No documento, o arquiteto esclarece:
a iniciativa de criar um monumento ao Pavilhão Nacional nasceu em decorrência da reformulação da lei da Bandeira [Lei 5.700, 1º setembro 1971], que [estabeleceu] o hasteamento e a permanência do Pavilhão no topo dos mastros, em todo o território nacional e nas representações do Brasil no exterior.
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